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Descarte consciente de medicamentos

Fracionamento de medicamentos: qual a sua importância?

24 jul, 20 | 0 Comentários

No texto sobre formas farmacêuticas abordamos as formas nas quais os medicamentos são encontrados e a importância do seu uso racional como uma das alternativas para o descarte consciente. Ao final, comentamos sobre o fracionamento de medicamentos, que é uma opção em que se obtém apenas a quantidade suficiente do remédio necessária para o tratamento.

Mas, afinal, o que é o fracionamento de medicamentos? Nada mais é que a subdivisão da embalagem de medicamentos em partes individualizadas. Esse procedimento é realizado pelo farmacêutico da drogaria, o qual fornece apenas a quantidade e dosagem necessárias para a terapia indicada pelo médico. Em palavras jurídicas, “o fracionamento é responsabilidade do farmacêutico e deve ser realizado de acordo com as Boas Práticas para Fracionamento instituídas pela RDC n°135/2005, com as alterações da RDC n°260/2005.”

Interessantemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera que o fracionamento seja um dos instrumentos estratégicos para a implementação das Políticas de Medicamentos e de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. Além de ampliar o acesso da população aos medicamentos devido à compra da quantidade exata prescrita, barateando o custo do tratamento, o fracionamento também contribui para a promoção da saúde, pois evita que os pacientes mantenham em sua casa sobras de substâncias utilizadas em tratamentos anteriores. Isso, por sua vez, reduz a utilização de fármacos sem prescrição ou orientação médica, diminuindo o número de intoxicações e o surgimento de bactérias resistentes (no caso de antibióticos) oriundos da automedicação.

Esse fracionamento é possível devido, principalmente, à embalagem que pode ser fracionada. Ela é chamada de “embalagem primária fracionável”, a qual é produzida e aprovada para essa finalidade e que, por sua vez, vem dentro de uma embalagem secundária, a qual recebe o nome de “embalagem fracionável”. Como essas embalagens são desenvolvidas justamente com esse objetivo, os medicamentos fracionáveis mantêm suas características idênticas aos não fracionáveis, pois não ocorre o contato com o meio externo. Além disso, devem constar na unidade individualizada do medicamento os seguintes dados de identificação:

✓ Nome do produto
✓ Concentração do princípio ativo
✓ Número de registro
✓ Lote
✓ Prazo de validade

Entretanto, nem todas as apresentações farmacêuticas que podem ser fracionadas. Quais podem, então, servir a este propósito?

✓ Frasco-ampola
✓ Ampola
✓ Seringa preenchida
✓ Flaconete
✓ Sachê
✓ Envelope
✓ Blister
✓ Strip

E formas farmacêuticas, quais são permitidas?

✓ Comprimidos
✓ Cápsulas
✓ Óvulos vaginais
✓ Drágeas
✓ Adesivos transdérmicos
✓ Supositórios

Assim, sabendo melhor da existência dessa forma de aquisição medicamentosa, pergunte ao farmacêutico se o medicamento prescrito para você é fracionável. Além de todos os benefícios já citados, incluindo o financeiro, também contribuirá para o descarte seguro e consciente, visto que as possibilidades de haver sobras de medicamentos tornam-se menores. E ainda evitará também o surgimento de problemas futuros já comentados pelo nosso grupo, como a intoxicação, o surgimento de microrganismos resistentes e a poluição ambiental.

Referências:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/3062236/Medicamentos+Fracionados+-+Guia+para+Farmac%C3%AAuticos/a0e07c50-5bd4-4f18-ba7d-c86d16f3610b

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enem/fracionamento-de-medicamentos/1912

Autor: Isabela Pierre
Revisores: Luiza Sardinha, Vladimir Pedro, André Almo e Júlia Albuquerque

  

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