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Descarte consciente de medicamentos

Embalagens: quais são e como descartá-las?

17 jul, 20 | 0 Comentários

Seguindo o último post sobre as formas farmacêuticas e seus descartes, hoje abordaremos as embalagens, suas classificações e o motivo pelo qual é importante prestar atenção na forma que seu descarte é feito também. Apesar de parecer um pouco óbvio o que é uma embalagem, você já deve ter percebido que há mais de uma embalagem envolvendo os medicamentos. Temos uma que está em contato direto com o medicamento, e outra, que envolve várias “porções” do medicamento em questão.

A embalagem é escolhida levando em consideração a forma farmacêutica do medicamento, além de propriedades físico-químicas; assim, elas são classificadas de três maneiras diferentes, de acordo com o grau de contato com o medicamento:

  • Embalagens Primárias: estão em contato direto com o medicamento. Temos abaixo alguns exemplos:

o    Ampola: um pequeno tubo – de vidro, plástico ou metal – com uma das extremidades em ponta e fechado hermeticamente após a adição da substância. São usadas para armazenamento de líquidos.

o    Bisnaga: embalagem flexível de plástico ou alumínio em formato de tubo. São usadas para armazenamento de substâncias semissólidas.

o    Blister: é uma espécie de cartela feita de metal, plástico ou papel que serve de apoio para comprimidos ou cápsulas inferiormente, associado a uma camada superior de plástico com pequenas bolsas no formato do remédio para prendê-lo.

o    Envelope/sachê: é uma bolsa selada em suas extremidades de modo que seu interior posso comportar a substância que, nesse caso, geralmente é pó, granulado ou sólido.

o    Flaconete: é um pequeno recipiente de plástico, que acompanha determinados medicamentos que necessitam ser solubilizados, contendo líquidos diluentes em pequenas quantidades.

o    Frasco: é um recipiente de plástico, metal ou vidro, no formato de uma garrafa. Conta com diversos modelos – o que define é a substância armazenada e a forma de administração. Apresenta uma utilidade diversificada, podendo armazenar quase que todas as formas farmacêuticas.

  • Embalagens Secundárias: envolvem as embalagens primárias. Alguns exemplos são:

o    Caixa: geralmente de papel, tem formato de cubo ou de paralelepípedo. Nela, são colocadas as embalagens primárias que não são vendidas livremente, junto à bula do medicamento.

o    Caixa térmica: diferentemente da caixa normal, não é de papel e sim de plástico ou isopor (geralmente), com camadas de materiais isolantes térmicos. Usada para armazenar medicamentos que precisam ser resfriados.

  • Embalagens Terciárias: podem ser classificadas como sendo as embalagens que contêm as secundárias, com o objetivo de facilitar o transporte das mesmas. Como principal exemplo tem-se as caixas grandes de papelão.

 

Podemos então estabelecer que as embalagens primárias não podem ser descartadas ou recicladas como os outros materiais: seu descarte deve ser realizado corretamente, com a mesma cautela que se tem ao descartar o medicamento em si. Assim sendo, essas embalagens, vazias ou não, podem ser entregues em farmácias e Unidades Básicas de Saúde (UBS), de forma a serem direcionadas ao tratamento correto. Mas qual o motivo pelo qual se deve ter essa cautela? É só pensar que a embalagem primária é a que está diretamente em contato com o medicamento e, sendo assim, ela está contaminada por ele, mesmo que em doses baixas. Essa embalagem, portanto, é potencialmente tóxica ao meio ambiente e aos seres vivos que podem entrar em contato com os resíduos.

Por fim, as embalagens secundárias e terciárias — quando não entram em contato com o medicamento — podem ser destinadas às formas convencionais de descarte como o lixo comum ou a reciclagem. Por outro lado, ressaltando, quando em contato com o medicamento, mesmo se for a embalagem secundária ou terciária, o melhor a ser feito é direcionar a uma das unidades citadas acima para o descarte adequado.

Referências:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Vocabul%C3%A1rio+Controlado/fd8fdf08-45dc-402a-8dcf-fbb3fd21ca75

https://www.ecycle.com.br/6614-como-descartar-embalagem-de-remedio

 

Autor: Arthur Willkomm
Revisores: Vladimir Pedro, André Almo e Júlia Albuquerque

 

 

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