Desde o final de janeiro (2021) as autoridades sanitárias da Europa recomendaram o uso de máscaras de proteção N95, PFF2 ou equivalente, como forma de prevenção da COVID-19, já que, segundo estudos, essas oferecem uma melhor prevenção contra o coronavírus. No Brasil, entretanto, seguimos com a orientação de utilizar as máscaras de uso não profissional, no caso da população em geral . Devido a isso, houve um aumento na busca por essas máscaras; o interesse nelas aumentou em cerca de 20% em relação ao final do ano passado (2020), segundo dados do Google. Paralelamente, esse interesse também gerou um crescimento na venda e no preço dessas máscaras, o que fez surgir modelos falsificados no mundo todo devido à alta demanda e dificultou em muito a aquisição deste equipamento de proteção por profissionais da saúde.

Um exemplo de falsificação no Brasil ocorreu em São Paulo. Máscaras para uso de funileiros e pintores (sem proteção comprovada ao coronavírus) eram comercializadas em caixas e embalagens que diziam conter máscaras N95! Esse tipo de falsificação é feito por sites de compras e vendas, gerando uma crescente preocupação na comunidade científica, já que a falsa proteção pode aumentar o número de casos de infectados pelo vírus.

Dessa forma, devemos ficar muito atentos ao adquirir esses equipamentos de proteção. Profissionais indicam que, ao comprar, seja adquirida uma máscara extra para que essa seja inspecionada por dentro. Isso porque ao rasgar uma N95, o comprador deve se atentar à presença das seguintes camadas de proteção: uma camada externa de fibra sintética de polipropileno; uma camada no meio de fibras sintética estrutural; uma camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático e uma camada interna de fibra sintética de contato facial.

Diante de tal problemática, O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência de saúde dos Estados Unidos, disponibilizou em seu site um guia em inglês com as seguintes dicas para verificar se a máscara é falsificada no ato da compra:

• Verifique se há erros de digitação, gramática incorreta ou outros erros no site ou embalagem.
• Verifique se existem falhas no site, como páginas inacabadas ou em branco, texto fictício, links corrompidos e domínios com erros ortográficos.
• Verifique se na área de comentários da empresa há compradores insatisfeitos com o produto.

Outras dicas que nós, do DescartUFF, também trazemos a vocês:

• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma lista de respiradores não aprovados por apresentarem eficiência mínima na filtragem de partículas. Confira se a marca que você quer comprar não está nesta lista
• Verificar se o elástico está na cabeça, já que ele é crucial para o ajuste perfeito do PFF-2 ou N95.
• Prestar atenção no valor da mercadoria, já que preços abaixo do mercado podem indicar falsificação.
• Verificar se o selo do Inmetro está presente. Isso porque para obter esses selos de aprovação, a máscara deve filtrar pelo menos 95% das partículas transportadas pelo ar.

Por fim, se você já passou por essa situação ou conhece marcas ou sites que vendem máscaras falsificadas: denuncie!  A Ouvidoria da Anvisa criou um  formulário eletrônico para isso neste link. Ao relatar, tente colocar o máximo de informações sobre produto, fornecedor e fabricante, bem como fotos e laudos. Outro canal interessante é da empresa 3M para denúncias no Brasil, no qual os usuários e clientes de produtos 3M podem reportar possíveis fraudes e suspeitas de produtos falsificados pelo telefone 0800 878 2808 ou pelo formulário disponível no link.